Monday, March 29, 2010

Poetry "lost in translation"...


In a sequence of... 3:
1. The first one, written in portuguese: pure!

"Tudo o que o vento nos trás é vazio
tudo o que dá vida, me dá arrepio
um dia tão fundo
foram caricas de mar de garrafas
de sal
Bebo o sol porque de noite vomito
um pesadelo bonito
bebo o sal
Vai vida com as marés e os peixinhos
vai vida
vem fria comigo
Vida de sal desfaz-se em água..."

(Açores, no Parque Natural da Ilha do Pico, 8 Setembro 2000)


2. The last edition: perfection?

"Tudo o que o vento nos trás, é vazio...
tudo o que dá vida, me dá arrepio:
Um dia tão fundo...
foram caricas de mar de garrafas, de sal?
Bebo o sol, porque de noite vomito:
um pesadelo bonito... bebo o sal!

Vai vida, com as marés e os peixinhos... vai vida!
Vem fria comigo, compaixão:
vida de sal, desfaz-se em água..."

(ultima edição: Sabado, 27 de Março de 2010)


3. the possible translation (not word by word, but feel by thought): adaptation or death...

"everything wind brings is void!
everything that utters life, retraces my walk

the depth of the hollowest of days...
making way through lids of sea and bottles of sand

I tipple sun to avoid nightfall’s retch:
my beautiful incubus...
I sip salt to sail away inlove,
trawling along streams of fish

leave life!
come cold and lead me inshore:
lives of salt liquefy in water..."

(Sabbath, 27th March 2010)

Thursday, March 25, 2010

Eu só sei amar assim... (Lyrics by Zizi Possi)


“Muito p’ra mim é nada?
Tudo p’ra mim não basta!
Eu quero cada gesto, cada palavra… cada segundo da tua atenção!

Faça isso por mim!
Leve a dor p’ra longe daqui…
Estou cansada de ouvir que eu só sei amar errado… estou cansada de me dividir!?

O que é certo no amor? Quem é que vai dizer?
O que falar… calar e… querer?

Eu quero absurdos, quero amor sem fim!
Eu quero te dizer… que eu só sei amar assim…
Eu quero absurdos, quero amor sem fim!
Eu quero te dizer… que eu só sei amar assim?!”

Saturday, March 20, 2010

Sem temer naufragar!


Três
(musica de Adriana Calcanhotto com composição de Marina Lima & Antonio Cicero)

"Um:
Foi grande o meu amor... não sei o que me deu?
Quem inventou fui eu!
Fiz de você o Sol, da noite primordial...
E o mundo, fora nós... se resumia a tédio e pó!
Quando em você tudo se complicou...

Dois:
Se você quer amar, não basta um só amor...
Não sei como explicar?
Um só sempre é demais...
P'ra seres como nós, sujeitos a jogar,
as fichas todas de uma vez...
Sem temer naufragar!
Não há lugar p'ra lamúrias, essas não caem bem?
Não há lugar pra calunias!
Mas por que não nos reinventar?

Três:
Eu quero tudo que há! O mundo e seu amor!
Não quero ter que optar?
Quero poder partir... quero poder ficar...
Poder fantasiar... sem nexo e em qualquer lugar!
Com seu sexo... junto ao mar..."

Thursday, March 18, 2010

Waiting for fate's moove?


Under a blackened sky
Far beyond the glaring streetlights
Sleeping on empty dreams
The vultures lie in wait
You lay down beside me then
You were with me every waking hour
So close I could feel your breath

When all we wanted was the dream
To have and to hold that precious little thing
Like every generation yields
The new born hope unjaded by their years

Pressed up against the glass
I found myself wanting sympathy
But to be consumed again
Oh I know would be the death of me
And there is a love that's inherently given
A kind of blindness offered to appease
And in that light of forbidden joy
Oh I know I won't receive it

When all we wanted was the dream
To have and to hold that precious little thing
Like every generation yields
The newborn hope unjaded by their years

You know if I leave you now
It doesn't mean that I love you any less
It's just the state I'm in
I can't be good to anyone else like this

When all we wanted was the dream
To have and to hold that precious little thing
Like every generation yields
The new born hope unjaded by their years...

"Hoje não sei amar."


“Hoje não sei amar.”

Relato-me nas coisas que morro.
O dia seguinte foi sempre o mesmo. Eles passam sem saber porquê? Para onde? Felicidade o que é?
Já pedi tantas vezes que não me fizessem perceber; que não me mostrassem o acordar…
O verde reage, como se fosse primavera. A carruagem leva-me, como se fosse de dia. Viver nos outros… a melancolia.
Amei sempre sozinha.

Quero fugir, apagar o sorriso, aconchegar a memória… livrar-me do presente aos outros, enquanto é quente o recuerdo de mim. Para morrer fazendo parte. Mas sou cada vez menos…
A estrutura que me origina, rejeita a minha ironia. De raiz em raiz, todos os elementos que passavam por mim, já formam outra fôrma.
Vejo os momentos em que me elimina, revejo-os em hipocrisia.
Não há louco nesta morada que não a minha.

Cresci versátil, ao servir alheio. Cresci volátil, para viver outro recreio. Servi a estrutura em origem, alimentei o seu vôo, ajudei-os em sonhos… esqueci o meu plantar. Descurei sempre o meu desejar.
Agora que a boba em corte, faz somente de palhaço triste, a fotografia de família dispensa-me a cores. Sim, o natal é dos outros. É do sol, do poente, da praia… no natal perdi a fonte.
E se soubessem o que eu chorei?
Quase morri no fumo incoerente, na parca tentativa de auto-aquecimento. De resto, ninguém daria por isso. Por mim ali jazida, iludida, quase aquecida. Acho que foi por fim, por esse afinal… que nem morri.

Sonhei sempre voltar em primeira… na primavera. Mas nesta tenho sido difícil de assentar. Amo sempre o ano passado. Esgotado.
A estação Verão vai chegar, num dia comum… e eu morrerei de frio.
Plantei bolbos em chão de Inverno. Não vi cores nas flores. E será que as vi… as flores?
Amores não vivi.

Podiam passar duas semanas da minha morte, que seriam dois anos para el@s.
Na minha memória, cada hora são tantos minutos… chegam a ser mais que os segundos… vão e vêm entrelaçados.
Às vezes passam dois dias que vi fundir no mesmo. No mesmo que é sempre o mesmo, que leva horas a passar.
E foi para mais longe de mim… mais um fim-de-semana. Mais uma semana que termina, na caixa de correio vazia.

Se a morte me visse, era também mais infeliz.
Porque nada na minha estrutura, se lembraria de mim muito mais que uma estação. Seria um alivio, perder de vez a raiz que os ancora a um passado indesejável. Só eu fiquei para trás. Eu que fui feliz naquele.
Eu que quis não perder o amor… fui assim extorquida em continuidade, em ingenuidade; até cada ramo do todo, ser divisível em si mesmo, noutro jardim longe dali.
A mim deixaram-me secar aqui. Juro que não me dei conta.
O alarido crescente, no caos do chamamento alheio, fez-me perder a consciência. Rodei, bailei, amei, enquanto houve sino que me tocasse.
Mas não há mais nada a fazer. O toque era um empurrão, era fugir de puxão. Deste desejo tão maior, em unificar uma memória minha, rebentei as minhas extensões.
O balão pesado sobrou em bocadinhos distantes. A estrutura traiu a sua trela. Já não há ponta de mim, passada a quente, que pegue em sol nascente. Tudo em mim acusa: demente!
É inútil reavivar-me. É perdido defender-me. A estrutura a unificar, não reconhece na minha base o passado. Só eu fui feliz ali.
Ela recorda o pesar. A sua felicidade é presente; e é mais além. Mais longe… mais fora de mim.
Eu insisti e perdi.

Os anos novos, na fonte de criar mais laços, já foram no vazio. Foram entregues a eles… aos ramos de origem… à secura do retorno.
Enquanto floriam, eles aprendiam o nó seguinte. Prendiam o amor pedinte.
Não bebi nada disto.
Lutei sempre para manter a base, a antiga percepção do laço de ternura.
Em cada estação, era urgente sobreviver a uma nova ruptura. Adaptar a nova desilusão ao sonho de menina. Perdi-me completamente neste felizes para sempre.
Acordei sem mão, sem coração, nem canção de embalar. Acordei no dia de hoje.
Hoje não sei amar.




Lx,casa de ROMA-AMOR, 15 Março 2007

Friday, March 5, 2010

"To your love"... lyrics & music by Fiona Apple


"Here's another speech, you wish I'd swallow...
Another cue, for you to fold your ears
Another train of thought... too hard to follow...
Chugging along to the song,
that belongs to the shifting of gears...

Please forgive me for my distance
The pain is evident in my existence
Please forgive for my distance
The shame is manifest in my resistance

To your love, to your love, to your love...

I would've warned you, but really, what's the point?
Caution could but rarely ever helps...
Don't be down, when my demeanor tends to disappoint...
It's hard enough, even trying to be civil to myself?

Please forgive me for my distance
The pain is evident in my existence
Please forgive for my distance
The shame is manifest in my resistance

To your love, to your love, to your love...

My derring-do allows me, to dance the rigadoon... around you!
But by the time I'm close to you,
I lose my desideratum and now you... so... now you have it,
so baby tell me what's the word?
Am I your gal, or should I get out of town?
I just need to be reassured?
Do you just deal it out,
or can you deal... with what I lay down?

Please forgive me, for my distance
The pain is evident in my existence
Please forgive me for my distance
The shame is manifest in my resistance

To your love, to your love, to your love..."

"A trilogia Profética" (3poemas)


(1)
"Mais tua que Lua"

Eu sou energia pura!
Eu sou sua lua!
Longe, dentro... tua!
Vem, trás, mantém... essa luz: esperança!
Vem, trás, mais sonho... nesse bailar: a dança!

Eu sou vida nua!
Eu sou razão e rua!
E sem querer, sem raiz... já sou mais tua que lua!


(2)
PARA LÁ DO REAL
(aka: “Amar uma Ilusão tua”)

Eu vou amar-te... fantasma!
Para lá do intermitente,
séco o coração no resto... o eixo é este!
Já viu luz de dia... e até que de novo arrepia,
eu vou amar-te fantasma!
Sem a-deus, des-amor, nem fantasia...

Lx., 3 Março 2010 (noves fora: 3.3.3 =9 =0)


(3)
APOCALIPSE NOW!

Sempre que não me amar,
morre, morrerá, morreu,
mais alguém de bem... eu sou o teu olhar!

Sempre que o desviar,
morre mais uma serena de nós... e vem o mar colher a foz!

Sempre que me desdenhar,
este amor sairá cego ao luau,
pois juntas somos o eixo... aquele que principia,
o inicio, o fim... e o fecho!

"As Perdas ficam Perdidas"


(excerto "278" do livro do desassossego do Fernando Pessoa):

"A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. "A maioria da gente é outra gente", disse Oscar Wilde, e disse bem.

Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros ainda se perdem nas buscas de vida... Mas a maioria é feliz e goza a vida sem isso valer.

Em geral, o homem chora pouco, e, quando se queixa, é a sua literatura. O pessimismo tem pouca viabilidade como forma democrática. Os que choram o mal do mundo são isolados - não choram senão o próprio.

Um Leopardi, um Antero, não têm amado ou amante? O Universo é um mal.
Um Vigny é um mal ou pouco amado? O Mundo é um cárcere.
Um Chateaubriand sonha mais que o possível? A vida humana é um tédio.
Um Job é coberto de bolhas? A terra está coberta de bolhas.
Pisam os calos do triste? Ai dos pés dos sóis e das estrelas.

Alheia a tudo isto, e chorando só o preciso e no menos tempo que pode - quando lhe morre um filho que esquecerá pelos anos fora, salvo nos aniversários; quando perde dinheiro e chora enquanto não arranja outro, ou se não se adapta ao estado da perda - a humanidade continua DIGERINDO E AMANDO!

A vitalidade recupera e anima. Os mortos ficam enterrados. As perdas ficam perdidas."

Tuesday, March 2, 2010

Move with me!


A song from the past... Neneh Cherry!

"Into a world... I plunge through my headphones,
escape into the streetlight, I begin to believe in destiny...
...when my surroundings in rhythm with me...
I'm just a grain of sand, walking in a sea of people...
I look around me... and my name is just someone...
For a moment in time... I belong!

Where my heart beats, the fear is gone...like destiny!
So... move with me! I'm strong enough! to be weak... in your arms...
Move with me! I'm strong enough! to be real... in your arms...


(...)
Like the joker on the pile... never coming or going..
The colour of my true cards... was showing?
Keeping in touch, with an idea that I been growing...
Trust! trust I must... trust with my head on my chest... I rest with the rest of the restless!

So... move with me! I'm strong enough! to be weak... in your arms...
Move with me! I'm strong enough! to be real... in your arms!