Thursday, March 24, 2011

"De Amor Desfeito" (another moon touch...)


Levei o recheio à noite
Retive a lua ao meio
Deitei-me de ventre ao peito
E de leve, no leito
Amei-a num amor desfeito


(Lx. noite de 23 Março 2011)

Wednesday, March 23, 2011

"The Suicide Daughter" (a poem)


"A Filha Suicida" (Versão 5: a sêco)

Sou eu... esta expressão de alheio
Entre a junção e o espelho... jaz amar ao meio
Filha de soslaio, na corrida proibida... vivo suicida!

Sou eu... sem honra nem mirra
Entre a fresta e o freio... não há permeio
De sonho em mira, ataco na penumbra... uma vida sem sombra!

Sou eu... nem eu, assim... sem mim
Filha de uma paz dormente, não receio:
Felicito... a quente e ao lado... deus e o diabo.


Lx. 18 Junho 2007 (editado a 2Abril2011)

Friday, March 18, 2011

Aqui vai um "remake" de.... "CARTAS".


"Cartas"

A mão arrefece sem assumir o medo, sigo sem poesia... noutra carta dormente.
Encerro a onda seguinte, num carimbo de sangue... há sonhos para lá da corrente.

O anel ainda mexe, diz aluir pedidos ao ar?
Entre linhas que deviam calar, enrolar cada instante, ela rasga mais um pedido a quente: "Abraça-me no voar por dentro!"

O alecrim quer responder por mim: "sim!"
Restam bolhas, espuma e madrugada... mas velarei amor noite fora:
Em sua barca... eu e a minha amante mais amada.


Lx., 12 Abril 2010
(editado a 17 Março 2011... ainda em Lx!?)

Tuesday, March 15, 2011

my last emotion "on love"...


A CASA FECHOU-SE

(Poema que teve como "inspiração", o título de uma peça de teatro: "A Porta Fechou-se e a Casa era Pequena")

A PORTA ERA PEQUENA,
A ALMA SERENA
NÃO HAVIA NUVEM A COBRIR,
O SOL SOFRIA POR SORRIR

OS PÁSSAROS ANTECEDERAM A DOR,
ANTEPASSADOS POR AMOR
VEIO CORRER, SANGUE,
FUROR!
VEIO POUSAR, SORTE,
PAVOR?

A PORTA ERA PEQUENA,
A VIDA SUSPENSA
NÃO HAVIA SUSPIRO AFLORAR,
A PRIMAVERA DESCIA NO ALTAR

OS PASSOS ANTEVIAM A DISPENSA:
ANDORINHAS PARA QUÊ?
A NORTE NÃO HÁ QUEM AMAR.


Lx., 13 Março 2011 (ed.14Mar2011)

Friday, March 11, 2011

Manifestação PRECÁRIOS 12 MARÇO!!!


Bora lá pessoal "precário"!!! toda a gente à rua amanhã 12 de Março!!!! vamos fazer ABRIL sair de novo à rua!!! :))))))))))))))))))

Wednesday, March 9, 2011

Card Games (a poem by Kiden)


In... www.shoe.org

"we come to the table and draw up our chairs
and facing each other on opposite sides of this baize
the long lazy day takes on a new tension
now i'm on full alert
i'm stood to attention
as your gaze travels over me searching for tells
i remind myself "don't catch her eye"
so as we tap out our decks
i put on dark specs
and we both don the cards' joker faces
because they're our best poker faces
then i complicate
obfuscate
build my disguise
while all the time watching you out the corner of my eye

my starter for ten isn't underhand
i just open right up
and show you my hand
it lets you believe that you've got me sussed
by making it all so obvious
so i show you my set ups
give it away
all the ways that they can be laid
i'll show you some tricks
and how i fix rounds
i'll throw in the whole pack
spread them all out
shuffle them
muddle them
but leave you no doubt
that i'm going to hold some of them back
maybe the queen of hearts
maybe the jack

at least for me
this tomfoolery
serves to hide the wood in the trees
so that when we pull back our chairs i can walk away free
all i've done here today is shown you the cards
what of the game?
it wasn't hard - we didn't really play
so there wasn't a gamble
this was just some preamble
so turn around now and just walk away
leave me to clear this tired table down
but as i restack my deck with nimble slim fingers
there's one question that lingers
one i never say...

why learn my tells if you don't want to play?"

"Hoje não sei amar."

Mais um texto do passado... a nostalgia reina por estes dias... será da vinda da Primavera?:)

"Relato-me nas coisas que morro.
O dia seguinte foi sempre o mesmo. Eles passam sem saber porquê? Para onde? Felicidade o que é?
Já pedi tantas vezes que não me fizessem perceber; que não me mostrassem o acordar...

O verde reage, como se fosse primavera. A carruagem leva-me, como se fosse de dia. Viver nos outros... a melancolia.
Amei sempre sozinha.

Quero fugir, apagar o sorriso, aconchegar a memória... livrar-me do presente aos outros, enquanto é quente o recuerdo de mim. Para morrer fazendo parte. Mas sou cada vez menos...

A estrutura que me origina, rejeita a minha ironia. De raiz em raiz, todos os elementos que passavam por mim, já formam outra fôrma.
Vejo os momentos em que me elimina, revejo-os em hipocrisia.
Não há louco nesta morada que não a minha.

Agora que a boba em corte, faz somente de palhaço triste, a fotografia de família dispensa-me a cores. Sim, o natal é dos outros. É do sol, do poente, da praia... no natal perdi a fonte.
E se soubessem o que eu chorei?

Quase morri no fumo incoerente, na parca tentativa de auto-aquecimento. De resto, ninguém daria por isso. Por mim ali jazida, iludida, quase aquecida. Acho que foi por fim, por esse afinal... que nem morri.

Sonhei sempre voltar em primeira... na primavera. Mas nesta tenho sido difícil de assentar. Amo sempre o ano passado. Esgotado.
A estação Verão vai chegar, num dia comum... e eu morrerei de frio.
Plantei bolbos em chão de Inverno. Não vi cores nas flores. E será que as vi... as flores?
Amores não vivi.

Podiam passar duas semanas da minha morte, que seriam dois anos aos outros... Na minha memória, cada hora são tantos minutos... chegam a ser mais que os segundos... vão e vêm entrelaçados.

Às vezes passam dois dias que vi fundir no mesmo. No mesmo que é sempre o mesmo, que leva horas a passar.
E foi para mais longe de mim... mais um fim-de-semana. Mais uma semana que termina... na caixa de correio vazia.

(...)
Eu que quis não perder o amor... fui assim extorquida em continuidade, em ingenuidade; até cada ramo do todo, ser divisível em si mesmo, noutro jardim longe dali.

A mim deixaram-me secar aqui! Juro que não me dei conta?
Não bebi nada disto.
Lutei sempre para manter a base, a antiga percepção do laço de ternura.

O alarido crescente, no caos do chamamento alheio, fez-me perder a consciência. Rodei, bailei, amei, enquanto houve sino que me tocasse.

Mas não há mais nada a fazer. O toque era um empurrão, era fugir de puxão. Deste desejo tão maior, em unificar uma memória minha... rebentei as minhas extensões!
O balão pesado sobrou em bocadinhos distantes.

Em cada estação, era urgente sobreviver a uma nova ruptura. Adaptar a nova desilusão ao sonho de menina.
A estrutura traiu a sua trela. Já não há ponta de mim, passada a quente, que pegue em sol nascente.
Tudo em mim acusa: demente!

Ela recorda o pesar. A sua felicidade é presente... e é mais além. Mais longe... mais fora de mim.
Eu insisti e perdi.

É inútil reavivar-me. É perdido defender-me. A estrutura a unificar, não reconhece na minha base o passado.
Só eu fui feliz ali. Perdi-me completamente, neste sonhar de felizes para sempre...

Acordei sem mão, nem coração, sem canção de embalar... Acordei no dia de hoje.
Hoje não sei amar."


(Lx, 15 Março 2007 - editado a 9 Março 2011)

Monday, March 7, 2011

*tara*

Home to...

"...VOLTAREI À MINHA TERRA, QUANDO ESTIVER CANSADO...
... DOS CAMINHOS QUE ME LEVAM A ANDAR DE LADO EM LADO..."
(sang by Teresa Salgueiro)

Saturday, March 5, 2011

*O AMANHÃ*


Here's something from the past...

Não sei o dia de amanhã.
Não faço questão.
Planear futuros está fora do meu alcance.
Prevejo, antevejo, sinto, tenho direcção... mas não posso dirigir-me ao local de encontro sozinha.
Tenho que esperar que o mundo em meu redor, me acompanhe... ou me queira acompanhar...

Que el@ perceba o meu trajecto comigo e queira fazer parte... parte de um todo, no seu conjunto... a dois.
Não me adianta amar na essência, saber ser capaz de fazer feliz, se esse alguém não quiser a felicidade a meias... comigo.

Não sei o dia de amanhã.
Não faz mal.
Eu sei que el@ virá assim mesm@...
O melhor a fazer é abraça-l@ sempre... e desejar que (sonhar que?)... el@ queira um abraço a meias comigo.

Não sei o que me espera o amanhã.
Não faz mal.
Sei que amá-l@ (amar-te?) fará sempre parte de mim... mesmo que não sejas tu a amá-l@ comigo.


Lx, 2 setembro 06 (ed.6Março2011)

Friday, March 4, 2011

my last poem... "take from me"


...simple but truthful.

"Take it from me... sweep the need
Take the boat, the sail, the hope... away and go
Let the swamp bread... it will be brief

Anchor my sore:
swipe the harbour,
take a love form... the wave, the sand, the storm!
Sway life of me
Swim light at me

I feel the heart, the stroke...
I see the swap:
a sea so sweet... only swans can cope...

take it from me!"

Statues (Lyrics by Moloko)


Im addicted to this song!:)

So goodnight my dear...
Hope you're feeling well, hope your're feeling very clear
In this song and rhyme...
Thoughts of changes that keep ourselves intact

And yes...
It's hard to fake but I'm faltering, in the steps I'm about to take...
I am sure it's true...
What is all for me, is much the same to you

If all the statues in the world, would turn to flesh... with teeth of pearl
Would they be kind enough to comfort me?
The setting sun is set in stone... and it remains for me alone
To carve my own and set it free...

So we wait and see...
How this backward chapter reads, in verse inadvertently
And it feels like fading light, but that's all that's left...

Only what's left is right...

If all the statues in the world
Would turn to flesh with teeth of pearl
Would they be kind enough to comfort me
The setting sun is set in stone
And it remains for me alone
To carve my own and set it free

Jumping from a balloon...
A carried aloft by a parachute in june
Twisting round and round...
Well... I hope the ground is what you find...

The setting sun is set in stone...
And it remains for me alone, to carve my own... and set it free!